Remarks:
From out of the depths of YouTube’s recommendation algorithm comes Grammarly ads – and Bia Ferreira’s “Não Precisa Ser Amélia”. It appears on her first studio album, which came out just last month (September 2019). I doubt it has charted in her native Brazil or anywhere else: it only has some 61,000 views on YouTube.
The song seems to be her answer to an old samba classic “Ai! que saudade da Amélia” (1942), which pictures a real woman as one who is submissive and uncomplaining out of love for her man.
The chorus:
Não precisa ser Amélia pra ser de verdade
Cê tem a liberdade pra ser quem você quiser
Seja preta, indígena, trans, nordestina
Não se nasce feminina, torna-se mulher
which means something like:
You don’t have to be Amelia to be real
You have the freedom to be who you want
Be Black, indigenous, trans, north-eastern
You are not born female, you become a woman
The north-east is the poorer, Blacker part of the country where she grew up.
I love the album cover, but I do not know the meaning, if any, of the face paint and crown of golden leaves.
See also:
Lyrics:
Estrela que brilha, clareia a trilha
Ilumina e guia o meu caminhar
Alumeia um pouquinho esse meu caminho
Me dê uma luz, tá difícil enxergar
Quanto mais eu ando, mais escuro fica
Me dê uma dica pra poder seguir
Não sei o que faço
Se ando, se paro, se corro, se sigo, se fico aqui
Tome minha boca pra que que eu só fale
Aquilo que eu deveria dizer
A caneta, a folha, o lápis
Agora que eu comecei a escrever
Que eu nunca me cale
O jogo só vale quando todas as partes puderem jogar
Sou Frida, sou preta, essa é minha treta
Me deram um palco e eu vou cantar
Canto pela tia que é silenciada
Dizem que só a pia é seu lugar
Pela mina que é de quebrada
Que é violentada e não pode estudar
Canto pela preta objetificada
Gostosa, sarada, que tem que sambar
Dona de casa limpa, lava e passa
Mas fora do lar não pode trabalhar
A dona de casa limpa, lava e passa
Mas fora do lar não pode trabalhar
A dona de casa limpa, lava e passa
A dona de casa
Não precisa ser Amélia pra ser de verdade
Cê tem a liberdade pra ser quem você quiser
Seja preta, indígena, trans, nordestina
Não se nasce feminina, torna-se mulher
E não precisa ser Amélia pra ser de verdade
Cê tem a liberdade pra ser quem você quiser
Seja preta, indígena, trans, nordestina
Não se nasce feminina, torna-se mulher
E não precisa ser Amélia pra ser de verdade
Cê tem a liberdade pra ser quem você quiser
Menos preta, indígena
Não se apropria
Quer ser preta dia a dia
Pra polícia cê num quer
Source: Cifra Club.
@Abagond
“I do not know the meaning, if any, of the face paint and crown of golden leaves.”
Not sure, but it might be a stylized reference to indigenous Brazilians. See the photo at the top of this article:
https://www.google.com/amp/s/psmag.com/.amp/social-justice/indigenous-women-are-fighting-for-their-rights-and-their-lives
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@ Solitaire
Thanks. That is what I am thinking too – that it is meant to look Native Brazilian.
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Brazil is not immune to PC bullsht: there’s a movement claiming that nonindians who use indian costumes are doing a “cultural appropriation”.
I would guess the singer is mocking roman catholicism, portraying herself as a saint
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Her facebook page says nothing about the cover:
https://m.facebook.com/BiaFerreiraOficial/?locale2=pt_BR
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